O preço pago pelas renováveis é 15% mais barato

25-02-2011 12:22

 

A DGGE defende que a aposta nas energias renováveis é incontornável.

José Perdigoto, director-geral da DGGE, garante que não há política energética à prova de bala, mas sublinha que quando se critica é preciso apontar alternativas.

Concorda com a crítica de que há falta de planeamento energético?
No caso português essas críticas não têm sentido. O Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis é um planeamento até 2020. Admito que, às vezes, falta uma discussão mais alargada. Não há política energética à prova de bala. Há políticas e cada uma das tecnologias tem pontos fortes e fracos. Portugal tem de ajustar o seu ‘mix' aos recursos e tem de o fazer numa perspectiva de dez ou 15 anos.

Aponta-se, cada vez mais, o dedo às renováveis...
A crítica tem incidido sobre alguns pontos fracos, como a estabilidade que oferece uma central térmica. Mas nós não temos gás natural, temos energia renovável. O importante quando se critica é apresentar uma alternativa. Ou há alternativas de fundo ou ajustamentos. A procura evolui, assim como a oferta e as tecnologias. Temos de ter capacidade de alinhar o tiro. Não tem nada a ver com a questão de se perder a face. Tem que se estar atento às evoluções do mercado e tecnológicas. Ajustar as políticas, sempre! Grandes opções? Quais são elas? Quando cerca de 50% do défice externo português provém da energia, uma política que resolva esse problema não faz sentido? Acho que faz. É evidente que as tecnologias não estão maduras. Há um sobrecusto. É preciso ver se é desproporcionado e aquilo que estamos a pagar pelas renováveis é muito diferente do que outros países estão a pagar.